Compositor, violonista, arranjador e produtor carioca de 1957, atua profissionalmente desde 1980, quando foi lançado o álbum Alberto Rosenblit & Mario Adnet. Em 1984 lançou seu primeiro álbum solo, Planeta Azul. Nos anos 90 passou a ser gravado no exterior por intérpretes como Lisa Ono, Joyce, Charlie Byrd, Chuck Mangione, entre outros. Em 1994 Tom Jobim incluiu em seu último album, Antonio Brasileiro, premiado com um Grammy póstumo, o arranjo de Maracangalha (Dorival Caymmi) feito por Adnet, o que o projetou como arranjador. Em seguida lançou seu álbum Pedra Bonita, com a participação de Jobim, e excursionou pelo Japão ao lado de Lisa Ono, onde lançou primeiramente o álbum. Entre 1998 e 2001 escreveu uma série de entrevistas com compositores e instrumentistas da MPB para o Segundo Caderno do jornal O Globo. Em 1999 lançou o CD Para Gershwin e Jobim,  gravado entre o Rio e Nova Iorque. Na sequência vieram Villa-Lobos-Coração Popular e o segundo volume de Para Gershwin & Jobim, em 2000. Em 2001 produziu, ao lado do saxofonista Zé Nogueira, o consagrado e premiado álbum duplo Ouro-Negro, dedicado à obra do maestro Moacir Santos. Entre 2001 e 2003 esteve por três vezes no Japão trabalhando como arranjador dos álbuns da cantora nissei Lisa Ono. Lançou no início de 2002 Rio Carioca, álbum autoral dedicado à cidade do Rio de Janeiro, que traz parcerias com Bernardo Vilhena, Lysias Enio e Lisa Ono. No mesmo ano, produziu para a gravadora carioca Biscoito Fino, o álbum Reencontro (vários artistas) reunindo a obra do pianista e compositor Luiz Eça.

 

Em 2003 foram lançados o álbum duplo e o DVD Jobim Sinfônico, projeto idealizado e produzido por Mario Adnet e Paulo Jobim, registro definitivo da  obra orquestral de Tom Jobim, gravado ao vivo na Sala São Paulo, com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e participação de Milton Nascimento. Foi considerado pela Secretaria de Cultura de SP o melhor projeto do ano de 2002 e ganhou o Grammy Latino em 2004 na categoria de álbum clássico, além de uma indicação ao Grammy americano em 2005, pela versão lançada nos EUA pela gravadora Adventure Music.

 

Em 2004 Adnet produziu mais um álbum com a obra de Luiz Eça, Legrand Eça - Michel Legrand interpreta Luiz Eça, lançado pela Biscoito Fino. Em 2005 produziu, ao lado de Zé Nogueira, três songbooks com a obra de Moacir Santos, o DVD Ouro Negro, gravado no SESC Pinheiros em São Paulo, e o álbum Choros & Alegria com composições inéditas do maestro, projetos patrocinados pela Petrobras. Em agosto se apresentou, a convite de Wynton Marsalis, no Festival de Jazz de Marciac, na França, ao lado do próprio Marsalis e de seus colegas Zé Nogueira, Marcos Nimrichter e Cyro Batista em concerto com a obra de Moacir Santos. Em setembro viajou com Paulo Jobim e o maestro Claudio Cruz para a Holanda onde apresentaram uma versão de Jobim Sinfônico na cidade de Haarlem com a Metropole Orchestra e a cantora Josee Koning.

 

Em 2006 gravou quatro álbuns numa parceria da Adnet Mvsica com o selo americano Adventure Music (de Richard Zirinsky Jr), Mario Adnet Mvsica (From the Heart), Muiza Adnet – As Canções de Moacir Santos, Samba Meets Boogie Woogie, este lançado apenas nos Estados Unidos em 2008, e Jobim Jazz, com o qual recebeu o Prêmio da Musica Brasileira de melhor arranjador em 2007.

 

Em 2008 foi convidado pela produtora Monique Gardenberg e por Zé Nogueira para fazer a direção musical e os arranjos do show Homenagem a João Donato, com a banda Ouro Negro, dentro do projeto Itaú 50 anos de Bossa Nova. O show, com direção artística de Nelson Motta, foi apresentado em São Paulo e Rio de Janeiro com participação do homenageado e de Bebel Gilberto, Marcelo Camelo, Adriana Calcanhoto, Marcelo D2, Fernanda Takai e Roberta Sá.

 

No final do ano voltou ao Japão para produzir e arranjar mais um álbum de Lisa Ono, Cheek To Cheek, lançado em vários países da Ásia em março do ano seguinte. Em 2009 produziu, com Philippe Baden Powell, o álbum Afrosambajazz (projeto contemplado pelo edital Natura Musical), com a obra de Baden Powell para orquestra de metais, com shows de lançamento no Rio, São Paulo e Belo Horizonte. Em maio de 2010 se apresentou, a convite de Wynton Marsalis, com a Banda Ouro Negro no Jazz at Lincoln Center em Nova Iorque, em duas noites dedicadas à música do maestro Moacir Santos.  Em agosto recebeu o Premio da Música Brasileira de melhor arranjador pelo CD Afrosambajazz.

 

Em julho partiu em turnê por dez cidades brasileiras para apresentar o show Afrosambajazz, ao lado de Philippe Baden Powell, Mônica Salmaso e banda. Lançou, em setembro, o álbum autoral O Samba Vai, voltando ao ofício de compositor, com parcerias inéditas com Paulo Cesar Pinheiro, João Donato, Bernardo Vilhena, João Cavalcanti e Lisa Ono.

 

Em março de 2011 gravou com uma big band o álbum + Jobim Jazz, que rendeu a indicação de melhor arranjador na edição do Prêmio da Música Brasileira de 2012. Em dezembro foi lançado, em dois concertos no Auditório Ibirapuera em São Paulo, o álbum Mario Adnet - Vinicius & os Maestros – com orquestra e convidados, antecipando as homenagens pelo centenário do poeta. O álbum, vencedor do Prêmio da Música Brasileira na categoria projeto especial em 2013, contou com as participações de Dori Caymmi, Joyce, Sergio Santos, Mônica Salmaso e Tatiana Parra.

 

No primeiro semestre de 2012 gravou o álbum Amazônia - Na Trilha da Floresta , apresentando um repertório dedicado à floresta, com músicas de Tom Jobim, Guinga, Villa-Lobos, Claudio Santoro, Waldemar Henrique, Dori Caymmi, Claudio Nucci, João Donato, Nelson Ângelo e do próprio Adnet. O álbum contou com a participação de Lenine, Mônica Salmaso, Roberta Sá, Antonia Adnet e Vicente Nucci. No Segundo semestre de 2012 gravou o album Um Olhar Sobre Villa-Lobos, com grande orquestra e convidados - Edu Lobo, Milton Nascimento, Yamandu Costa, Mônica Salmaso, Muiza Adnet e Paula Santoro. O CD foi indicado ao Grammy Latino na categoria de música clássica em 2013.

 

Em 2014 produziu e arranjou, ao lado de Dori Caymmi, o álbum Dorival Caymmi Centenário, com participação de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Danilo Caymmi e Nana Caymmi, lançado em agosto. O álbum recebeu duas indicações ao Grammy Latino em 2015: melhor disco de MPB e produtores do ano. Em 2015 foi lançado o DVD/CD Jobim Jazz gravado ao vivo em São Paulo (Auditório Ibirapuera), no último show de uma turnê pelo Brasil, com a participação de Nana Caymmi. O CD recebeu uma indicação (best latin Jazz album) ao Grammy Latino em 2016.

 

Em 2016 lançou em dezembro o CD Saudade Maravilhosa (Sesc), com shows de lançamento em janeiro de 2017 nos SESCS de Sorocaba, São Carlos e Jundiaí (SP) e no Teatro Net no Rio. Em 2017 gravou com Paulo Jobim e jovens intérpretes (Antonia Adnet, Dora Morelenbaum, Júlia Vargas, Alice Caymmi, Alfredo Del Penho, Vicente Nucci e Luiz Pié) o CD/DVD Jobim Orquestra & Convidados (Biscoito Fino) com lançamento na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro em outubro. O projeto ganhou o Prêmio da Música Brasileira em duas categorias: arranjador (Adnet) e DVD.

 

Em 2018 apresentou, em 25 de janeiro, aniversário de Tom Jobim e dia da Bossa Nova, o show Jobim Jazz na Sala Baden Powell. Em fevereiro apresentou o mesmo show no Dizzy’s Club (Jazz at Lincoln Center) em Nova York. Foi lançado em junho, em São Paulo, no Teatro Alfa, o CD/DVD Jobim Orquestra & Convidados.

 

Em dezembro de 2020 iniciou as gravações de João Gilberto Eterno, homenagem aos 90 anos de João Gilberto, uma co-produção Japão-Brasil, liderada por Mario Adnet e Shigeki Miyata. O álbum lançado físico no Japão, em junho de 2021, e em todas as plataformas digitais, teve participação de vários nomes brasileiros e japoneses, como Guinga, Monica Salmaso, Lisa Ono, Antonia Adnet, Rosa Passos, Daniel Jobim, Dora Morelenbaum e João Donato, entre outros.

 

Em junho de 2021 preparou um programa e as orquestrações para obras de Villa-Lobos e Antonio Carlos Jobim gravadas pela Orquestra Petrobrás Sinfônica. O conteúdo está disponível no canal da orquestra no Youtube. Em novembro de 2021 ganhou mais um Grammy Latino, na categoria de gravação do ano,  como produtor do single “Talvez” de Caetano e Tom Veloso, música de Cézar Mendes  e Tom Veloso.

 

Em julho de 2022 finalizou as orquestraões de um concerto sinfônico inédito com obras de Luiz Eça. Em agosto se apresentou com a Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo, RS, no Teatro Feevale, em concerto especial com arranjos seus para obras de Tom Jobim.